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Publicado em March 16, 2016, 8:29 a.m. - Notícias Fitrae

Sintrae-MS em impasse por reajuste salarial

Professores e trabalhadores administrativos de escolas particulares do Estado do Mato Grosso do Sul, de educação básica, superior e cursos livres, enfrentam impasse em negociação salarial. A categoria - representada pelo Sintrae-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Mato Grosso do Sul), reivindica 15% de reajuste para os salários acima dos pisos e 20% para estes,  mas a contraproposta patronal  é inferior ao índice inflacionário do período e deixa os trabalhadores em alerta.


A categoria tem a data base em 1º de março. A inflação do período medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do IBGE foi de 11, 08%. No entanto, na segunda rodada de negociação, que aconteceu no dia 14/03, os representantes patronais ofereceram apenas 8% para os salários acima dos pisos e 9% para estes. O presidente do Fitrae MTMS, Ricardo Fróes, participou duas mesas de negociação.


O presidente do Sintrae-MS, professor Eduardo Botelho, explica que os trabalhadores não aceitam os índices apresentados pelas instituições. “Esta proposta patronal de 8% fere a ética e a boa fé, desvaloriza os profissionais da educaçãoexigidas pelo Código Civil, rasga os fundamentos constitucionais da dignidade da pessoa humana e dos valores sociais do trabalho previstos na Constituição Federal, bem como o princípio constitucional que proíbe o retrocesso social. Em uma palavra: a proposta patronal é indecente. Assim sendo, porque não é possível iniciar-se negociação coletiva que tenha o mínimo de seriedade, sem que pelo menos se garanta a reposição salarial”, destaca o professor.


O presidente denuncia que na mesa de negociação os representantes patronais demonstram intransigência. “Principalmente o representante da Kroton, que prima pela intransigência e pelo discurso vazio, o que não há surpresa, porque os fundamentos constitucionais mencionados sempre foram negados por esse grupo econômico, que só enxerga lucro farto e fácil, e nada mais”, enfatiza Botelho.


A próxima reunião de negociação será no dia 4 de abril, às 9h30min, no Sinepe (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Mato Grosso do Sul). Os representantes patronais informaram que farão recomendação às escolas para que corrijam os salários no mês de março em 8%  enquanto aguardam o desfecho das negociações.


O presidente do Sintrae-MS, destaca que não há concordância em parcelamento do aumento, por isso, ao término das negociações será cobrado que a diferença do índice, efetuado na folha de março, seja pago com efeito retroativo.


“Se as instituições de ensino privado de fato tenham interesse pela negociação - respeitando seus trabalhadores  - sem mais delongas devem corrigir os salários no mínimo em 11,08% que representa a reposição da inflação – é o mínimo decente a esperar. Caso contrário, os profissionais irão se mobilizar, pois em assembleia, já foi deliberado a rejeição de índice rebaixado”, explica o professor Eduardo.


Fonte:Sintrae-MS

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