Em assembleia geral, que aconteceu no dia 31 de janeiro, trabalhadores representados pelo SINTRAE-MS elaboraram a pauta de reivindicações para a negociação com o sindicato patronal. O reajuste salarial defendido é de 15%, além disso, a categoria reivindica 20% de aumento nos pisos salariais. A database é 1º de março.
O presidente do Sintrae-MS, professor Eduardo Botelho, destacou que o percentual está dentro da média dos reajustes cobrados nas mensalidades e ressaltou a importância da valorização profissional. “Enquanto as mensalidades são reajustadas em novembro, dezembro ou janeiro, os trabalhadores do ensino privado receberão o salário de março só no mês de abril. São meses de ganhos para os patrões. Por isso, sabemos que é possível uma remuneração justa e digna à categoria”, avalia.
Durante a assembleia, os trabalhadores analisaram as prioridades para a categoria da base territorial do sindicato, desde a educação infantil até o ensino superior. A vice-presidente do Sintrae-MS, Rita de Cássia Ribeiro, ressaltou que para novos avanços é importante a participação de todos. “O sindicato está pronto para auxiliar, orientar e defender as reivindicações e os direitos trabalhistas, no entanto é preciso somar forças. Os profissionais do setor privado devem se unir ao sindicato, trazer suas sugestões, reivindicações e até mesmo fazer denúncias sobre possíveis irregularidades”, explica.
Aposentadoria
Sobre a aposentadoria, o professor Eduardo lembrou que o reajuste, para o ano de 2015, foi de 6,23%, enquanto o salário mínimo subiu 8,8%. O presidente alertou os trabalhadores quanto à alíquota para fins de recolhimento ao INSS para se atingir o teto máximo da aposentadoria que hoje é R$ 4.663,75. “Para se atingir o teto deve-se recolher no máximo R$ 523,01, ou seja, 11% do salário”, detalha o presidente.
Botelho explicou como é definido o valor da aposentadoria para cada trabalhador. “Para definir o valor do benefício que será pago, a Previdência contabiliza todos os salários recebidos pelo trabalhador desde julho de 1994, exclui os 20% dos menores salários e calcula a média com correção”, enfatiza.
Enfrentamentos
Outra preocupação da categoria diz respeito ao cenário político nacional. As confederações, centrais sindicais, federações, sindicatos e movimentos trabalhistas articulam-se para enfrentamentos diante de possíveis ameaças aos direitos conquistados.
Fonte: Adriana Miceli