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Publicado em June 22, 2009, 9:43 a.m. - Notícias Fitrae

NENHUM CENTAVO DO BNDES PARA AS MONTADORAS ESTRANGEIRAS

NENHUM CENTAVO DO BNDES PARA AS MONTADORAS ESTRANGEIRAS


Matéria da Folha afirma que as consultas das montadoras estrangeiras para angariar empréstimos no BNDES subiram 106% até abril ante igual período de 2008. De janeiro a abril, a indústria automobilística deu entrada em pedidos da ordem de R$ 3,4 bilhões, ante R$ 1,6 bilhão em igual período de 2008.

Entre as empresas com pedido no banco, está a GM. Quando a matriz, nos EUA, entrou com pedido de concordata, no início do mês, a subsidiária informou que manteria seus planos de investimento no Brasil -US$ 1,5 bilhão até 2012.

Nós defendemos que os recursos do BNDES sejam direcionados para as empresas nacionais e para aquelas que não demitem, como é o caso. Mesmo tendo aumentado sobremaneira as vendas, tendo recebido a isenção de IPI sob a condição de não demitir, as montadoras já demitiram mais de 5,5 mil trabalhadores neste ano.

O BNDES existe para apoiar a indústria nacional. A lógica de recebermos empresas multinacionais no Brasil é para que elas tragam investimentos, não para absorverem os recursos – advindos do FAT, dinheiro do trabalhador – que o Estado disponibiliza.

É necessário barrar esta sangria. É um absurdo emprestar dinheiro para estas empresas, pois todo recurso disponibilizado agora em empréstimos logo será remetido em forma de lucro para as matrizes. No ano passado, as montadoras remeteram R$ 12,88 bilhões, ou 5,6 bilhões de dólares em lucros. Isso representou um crescimento de 21,6% em relação ao ano de 2007.

Ou seja, a função destas empresas é drenar o máximo possível de recursos do nosso país para mandar para fora, não gerando um único emprego no país. Mais ainda: grande parte destes investimentos serve para fechar as unidades mais antigas e para abrir novas em outros estados, onde os governos oferecem isenções fiscais.

Como afirmou Carlos Lopes em artigo no Jornal Hora do Povo, “as empresas estrangeiras obedecem à dinâmica (ou falta de dinâmica) das economias de que fazem parte. E antes que se diga que as filiais de empresas estrangeiras fazem parte da nossa economia, lembraremos que elas somente fazem parte da nossa economia enquanto filiais de uma matriz que pertence a outra economia, a uma economia externa. A rigor, elas são uma extensão dessa economia externa para dentro da nossa. Naturalmente, o país pode, em certa medida, conviver com isso. Mas, se essas filiais se tornam o principal setor, então a economia deixa de ser “nossa” para se tornar uma economia filial de economias externas. O que, nas crises, é um desastre. Portanto, o nosso problema – a solução dele – é investir principalmente nas empresas que obedecem à dinâmica da economia brasileira, naquelas que dependem do mercado interno, e não naquelas que tornam o mercado interno dependente delas, isto é, dependente das economias de que fazem parte”.

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