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Publicado em June 14, 2016, 11:37 a.m. - Notícias Fitrae

Fitrae MTMS: Sindicalistas criticam possível reforma da previdência

Após assumir a presidência da república, Michel Temer, anunciou que entre as prioridades do governo está a reforma da previdência social, ou seja, mudanças nas regras da aposentadoria. Esse posicionamento deixa os trabalhadores em alerta e o movimento sindical já se articula para evitar perdas.


Notícias divulgadas pela mídia revelam que entre as principais mudanças, Temer pretende igualar a idade de aposentadoria entre os homens e mulheres, fixando idade mínima de 65 anos. Além disso, desvincular os benefícios previdenciários e assistenciais do salário mínimo, corrigindo-os anualmente pelo índice da inflação.


Segundo o presidente interino, a longo prazo o aumento das despesas previdenciárias serão insustentáveis  – informações baseadas em projeções de aumento de expectativa de vida – assim, a reforma seria alternativa para equilibrar as contas. O governo explica que houve redução do número de contribuintes, aumento de pessoas beneficiárias e maior tempo de duração dos benefícios (devido à expectativa de vida).


O presidente do Sintrae-MS, Eduardo Botelho, destaca que se a proposta de reforma for encaminhada  e aprovada da maneira que é citada, as perdas serão certas. “É inadmissível que, mais uma vez, os trabalhadores paguem a conta por crises e corrupções no país. Há que se buscar outras alternativas. Também, estamos atentos em relação à aposentadoria especial dos professores porque se for alterada ou suprimida,  será uma perda irreparável do direito conquistado. Não só os trabalhadores, mas toda a sociedade devem manifestar-se para impedir esta arbitrariedade, temos que agir para impedir este retrocesso”, ressalta.


O presidente da Fitrae MTMS, Ricardo Martinez Fróes, critica a postura do governo. “Não se muda as regras da previdência assim de um dia para o outro, sem estudos aprofundados e ainda mais, sem o diálogo com os trabalhadores que sustentam este país.  Há que haver amplo diálogo, mas da maneira como vem sendo tratada percebemos que  o que predomina é a unilateralidade. As centrais sindicais e sindicatos já se mobilizam e organizam manifestações para que as vozes dos trabalhadores sejam ouvidas. Conclamamos a participação de todos para a defesa dos direitos garantidos pela nossa Constituição Federal”, enfatiza.


Aposentadoria


O movimento sindical, economistas e estudiosos questionam duramente a proposta de desvinculação dos benefícios ao salário mínimo. Em entrevista ao portal vermelho, publicada no dia 1º de junho, o professor de Economia da Unicamp, Eduardo Fagnani, criticou essa possibilidade: “Então, quando você desvincula, você volta à ditadura. O que vamos assistir daqui para a frente é que os reajustes da Previdência vão ser corrigidos abaixo da inflação, o que foi dito explicitamente pelo ministro da fazenda. O que significa dizer que em cinco, seis anos, o poder de compra dos aposentados pode regredir 30%, 40%”.


Fonte: Fitrae MTMS

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