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Publicado em Dec. 5, 2012, 9:39 a.m. - Notícias Fitrae

Fator Previdenciário só ajuda se brasileiro viver menos

A nova tábua de longevidade, divulgada semana passada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), revela que os brasileiros estão vivendo menos. A longevidade caiu, pelas contas do IBGE, em 83 dias.


Do ponto de vista do seguro previdenciário, quem se aposentar a partir de agora contará com alguns reais a mais no valor do benefício. Algo em torno de R$ 15,00 – que darão para comprar, no máximo, dois quilos de carne bovina de segunda.


Foi a primeira vez, nos últimos dez anos, que o Fator Previdenciário não prejudicou os trabalhadores em vias de se aposentar, motivo insuficiente para arrefecer a luta do Sindnapi pela extinção desse critério nefasto de cálculo do valor das aposentadorias no Brasil.


 


Depois de 10 anos, pela primeira vez o índice do fator previdenciário, aplicado no cálculo das aposentadorias, vai ser alterado para melhor.
 
Isso significa que o benefício concedido a partir de dezembro vai ficar até R$ 15 maior do que a remuneração paga às pessoas que saíram da atividade no ano passado.
 
A vantagem vai atingir trabalhadores com idade acima de 50 anos. O motivo para a flexibilização do fator previdenciário é que a taxa de sobrevida do brasileiro, apresentada pela tábua de mortalidade do IBGE, caiu em 83 dias.
 
Todavia, mesmo ficando menos penoso, o índice ainda abocanha boa parte da renda do trabalhador que resolver se aposentar por tempo de contribuição, ou seja, antes de completar 65 anos (homem) e 60 anos (mulher).


Apesar da revisão do fator ter reduzido o índice de penalidade, muitos especialistas aconselham as pessoas a esperarem por mais um ano a possível mudança no sistema previdenciário que facilitará a aposentadoria.
 
Na Câmara dos Deputados, tramita um projeto que acabaria com o fator previdenciário e adotaria a fórmula 85/95. O novo cálculo é resultado da idade com o tempo de contribuição e pode dar ao trabalhador um benefício sem cortes.
 
No entanto, essas mudanças estão sombrias e incertas, pois o governo federal tem pressionado o Congresso a não votar o fim do fator e não adotar o modelo 85/95.
 
Existe a possibilidade de as mudanças só serem feitas no próximo governo, a partir de 2015. O presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Batista Inocentini, afirma que a Presidência não tem sido receptiva a discussões sobre o assunto.
 
"O governo não quer mais nada. E este ano, fizemos várias mobilizações para forçar o Congresso a votar a lei, porém, a presidente conseguiu vetar a aprovação. Na quarta-feira da próxima semana, vamos fazer um protesto em frente ao Palácio do Planalto e mostrar nossas reivindicações. O conselho que damos aos futuros aposentados é esperar até o meio do ano que vem pelas mudanças. Caso não ocorra, a saída é se aposentar com o fator previdenciário e entrar na Justiça caso alguma reforma ocorra depois", diz.


Fonte: Mikaella Campos - Gazeta Digital

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