Para crianças do ensino fundamental, quase não faz diferença estar em famílias de maior ou menor renda: o percentual na escola é semelhante. Há, porém, um fosso entre as de idade pré-escolar de lares mais ricos e mais pobres, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE.
Pelos dados, 69,1% das crianças de quatro a cinco anos de famílias de renda per capita de até 1/4 de salário mínimo estavam na pré-escola. Esse percentual subia para 88,9% naquelas com rendimento superior a 1 mínimo per capita.
Já na faixa de 6 a 14 anos (ensino fundamental), o percentual se mantinha sempre acima de 97%, independentemente da renda familiar.
Diferenças de acesso de acordo com o rendimento familiar, embora menores, também foram constatadas no ensino médio e no superior.
Segundo o IBGE, a não obrigatoriedade da matrícula na pré-escola e a grande oferta de cursos particulares nessa faixa, ocupados por crianças de famílias de renda maior, explicam a discrepância.
Fonte: Folha Online