Pesquisa aponta que eleitorado mais insatisfeito com parlamentares que aprovaram nova legislação está na Região Sudeste (86%), maior colégio eleitoral do país.
Oito em cada dez brasileiros não votarão em deputados que aprovaram a "reforma" trabalhista – a Lei nº 13.467/2017, que entra em vigor neste sábado (11). Segundo pesquisa feita a pedido da CUT pelo instituto Vox Populi, 79% dos entrevistados manifestaram rejeição aos parlamentares que apoiaram a nova lei.
O maior contingente de eleitores insatisfeitos com a "reforma" – segundo a CUT, bancada por entidades empresariais –, está na Região Sudeste (86%). A região que reúne os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo tem 43% do eleitorado do país.
No Nordeste (27% do eleitorado), o percentual dos que rejeitam os deputados que votaram contra os trabalhadores é de 82%. No Centro-Oeste/Norte (menor colégio eleitoral, com 14% dos votos do país), a recusa a reeleger esses parlamentares alcança 76%. E é de 55% no Sul, onde estão 16% dos votantes do Brasil.
“A grande maioria dos parlamentares está no Congresso Nacional para defender os próprios interesses e não os direitos dos trabalhadores”, diz o presidente da CUT, Vagner Freitas. “É claro que não estão lá para defender trabalhadores, mas exageram tanto no ataque aos direitos sociais e trabalhistas que correm o risco de não conseguirem se reeleger”, afirma.
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